sábado, 23 de janeiro de 2016

CENÁRIO HISTÓRICO E AUTENTICIDADE DAS EPÍSTOLAS PASTORAIS - Por André Rodrigues


CENÁRIO HISTÓRICO


O cenário histórico colhido destas epístolas é como segue. Depois que Paulo e Timóteo estiveram juntos em Éfeso, Paulo partiu para a Macedônia (I Tm. 1:3), mas esperava voltar logo (I Tm. 3:14). Timóteo havia partido para Éfeso, para cuidar da igreja refutar os falsos mestres que estavam em atividade lá. Uma vez que sua volta podia ser retardada, Paulo escreveu esta carta, para ajudar Timóteo em seu ministério (I Tm. 3:14,15). De maneira semelhante, Paulo estivera em Creta e, ao partir, deixou Tito para cuidar da organização da igreja (Tt. 1:5). Paulo estava, provavelmente, na Macedônia ou em Acaia e queria que Tito se encontrasse com ele em Nicópolis, onde Paulo planejava passar o inverno (Tt. 3:12). De II Timóteo fica-se sabendo que Paulo era um prisioneiro (II Tm. 1:8, 16,17; 2:9). Ele já havia estado perante o tribunal uma vez (II Tm. 4:11,16, 21) e estava aguardando outro aparecimento. Ele tinha pouca esperança de ser solto (II Tm. 4:6). Somente Lucas ainda estava com ele (II Tm. 4:11), Tito tendo sido enviado à Dalmácia (II Tm. 4:10) e Tíquico a Éfeso (II Tm. 4:12); Demas havia abandonado Paulo e retornara a Tessalônica (II Tm. 4:10).
Esta, então, é a informação colhida das três cartas. A ordem dos eventos de I Timóteo e Tito é difícil traçar; a de II Timóteo logicamente seguiria as outras duas. Mas, onde, na vida e ministério de Paulo estes eventos podem ser colocados? É esta pergunta que levou ao questionamento da autenticidade destas epístolas.

AUTENTICIDADE

Até o século dezenove, estas cartas foram aceitas como cartas genuínas de Paulo. Em 1804, J.E.C. Schmidt expressou alguma dúvida acerca da autenticidade, mas foi F. Schleiermacher (1807) que negou abertamente a autoria paulina de I Timóteo, em bases filológicas. Consequentemente, por causa das semelhanças com as outras Pastorais, os críticos começaram a questionar todas as três. Os estudiosos modernos estão divididos com respeito à autenticidade destas epístolas. Há alguns que diriam que paulinista as escreveu, e alguns admitiriam serem fragmentos paulinos genuínos reunidos após a morte de Paulo. Há muitos estudiosos modernos que ainda mantêm a integridade e autenticidade da autoria paulina. As duas áreas amplas de evidência externa e interna serão discutidas ao se apresentar os problemas críticos na determinação da autenticidade.



BIBLIOGRAFIA


Introdução ao estudo do Novo Testamento. Hale, Broadus David. Tradução de
Cláudio Vital de Souza. Rio de Janeiro, Junta de Educação
Religiosa e Publicações, JUERP-RJ 1983.

O Novo Comentário da Bíblia. Editado e organizado pelo Prof. F. Davidson, MA, DD.
Colaboradores Rev. A. M. Stibbs, MA, DD Rev. E. F. Kevan, MTh. Editado em português pelo Rev. Dr. Russell P. Shedd, MA, BD, PhD. Edições Vida Nova-SP

Bíblia de Estudo Pentecostal. Antigo e Novo Testamento, Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Edição Revista e Corrigida, Ed.1995, Edições CPAD-RJ 2002.

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