terça-feira, 15 de dezembro de 2015

CONCÍLIO DE ÉFESO, EM 431 - COMO FOI? - Por André Rodrigues



Éfeso – (22/06 a 17/07 de 431) Cirilo e seus leais bispos foram os primeiros a chegar e tiveram de esperar alguns dias. Quando ninguém mais apareceu, Cirilo, o único patriarca presente, abriu a seção e deu início aos trabalhos na ausência de Nestório ou de qualquer outro bispo leal de Antioquia. Primeiramente, os bispos reunidos leram em voz alta o Credo Niceno de Constantinopla I e o reafirmaram, declarando que eram suficiente como credo e que tinha a verdade essencial da cristologia ortodoxa. Em seguida, foi lida a segunda carta de Cirilo a Nestório. Continha suas declarações a respeito do Filho de Deus como o sujeito da vida humana de Jesus Cristo e criticava severamente o dualismo cristológico de Nestório. 

(Nestorianismo - [Do lat. Nestorianismus] Heresia pregada por Nestório, patriarca de Constantinopla. O cerne desta doutrina era a não admissão da união hipostática das duas naturezas em Jesus Cristo: a divina e a humana). Os bispos voltaram em favor dela como a interpretação verdadeira e autorizada do Credo Niceno no que dizia respeito à pessoa de Jesus Cristo. Finalmente o concílio condenou Nestório e sua cristologia como heresia.

O Concílio de Éfeso, em geral considerado o terceiro concílio ecumênico da Cristandade, não promulgou qualquer credo novo, mas endossou uma crença e a declarou obrigatória para todos os cristãos. É uma fórmula dogmática tirada quase que palavra por palavra das cartas de Cirilo a Nestório: “O eterno Filho do Pai é um e exatamente a mesma pessoa que o Filho da Virgem Maria, nascido no tempo e na sua carne; por isso, ela pode ser corretamente chamada Mãe de Deus”. Além da condenação de Nestório, houve também a de Pelágio com sua doutrina palegiana (Pelagianismo – [Do lat. Pelagianismus] Doutrina formentada por Pelágio, clérigo britânico do séc. IV. Entre outras coisas, ele minimizava a eficácia da graça divina, e afirmava que a realidade humana nada sofreu em conseqüência do pecado de Adão. Ou seja: negava o pecado original e a corrupção do gênero humano.) 

Decisões principais:
Cristo é uma só Pessoa e duas natureza; Definição do dogma da maternidade divina de Maria, contra Nestório, que foi deposto; Maria é Mãe de Deus – THEOTOKOS; "Mãe de Deus não porque o Verbo de Deus tirou dela a sua natureza divina, mas porque é dela que Ele tem o corpo sagrado dotado de uma alma racional, unido ao qual, na sua pessoa, se diz que o Verbo nasceu segundo a carne". (DS 251) 
Condenou o pelagianismo, de Pelágio, que negava os efeitos do pecado original;
Condenou o messalianismo, que apregoava uma total apatia ou uma Moral indiferentista;



BIBLIOGRAFIA: História da Teologia Cristã Roger Olson Ed. Vida

Dicionário Teológico Claudionor Corrêia de Andrade CPAD
Dicionário de Aurélio B. H. F. (edição virtual)

13 comentários:

  1. O evengelicalismo é nestoriano por negar que Maria é mãe de Deus, isolando as naturezas de Cristo. Negação da herança histórica.

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    1. Engraçado, porque nenhum protestante histórico nega que Maria seja mãe do Filho de Deus, apenas evita usar o título "Mãe de Deus" para não confundir a cabeça dos menos estudados, os próprios reformadores reafirmaram que Maria era mãe de Deus.

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    2. Falas isso sem pesquisar. O protestantismo reafirma todas as doutrinas do cristianismo ortodoxo. Reconhecemos os sete primeiros Concílios assim como as Igrejas Orientais. Rejeitamos apenas e tão somente o que contradiz as Escrituras.

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  2. Sim! Uma explicação muito clara sobre a existência de Maria,seus princípios e valores. A verdade relacionada ao Nosso Senhor Jesus Cristo.

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  3. Independente de religião. Não tem como negar a existência de Maria Santíssima.

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    1. Desde quando ela é Santíssima? mostre um texto bíblico que respalde sua afirmação.

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  4. Deus tem mãe? O problema é que Jesus como filho de Deus não tem mãe e sim pai, Jesus foi gerado e isso não altera a união hipostatica.

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  5. Pergunto: Uma criatura pode ser mae de um Criador? Maria foi mae de um Jesus-homem.E preciso lembrar que Jesus foi concebido por obra do Espirito Santo. Jesus como um Deus e eterno portanto, nao possui mae. Se fosse assim Maria tb seria eterna mas Maria morreu e aguarda como todos nos a ressureiçao do corpo na volta do Senhor Jesus. Foi pecadora tal como toda a humanidade( Diz Paulo: Todos pecaram...Rom.3)e ela mesma diz que precisava de um Salvador ( Lc.1-46-47).Maria precisou ser cuidada por Joao, e nas epistolas dos apostolos( que sao doutrinas para a Igreja) nao e mais citado o seu nome. Apos a morte de Jesus nao foi mais mencionada, nem mesmo Joao se referiu a ela em suas epistolas.A doutrina crista esta na Biblia e nao em decisoes de Concilios.

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    1. Deus = Jesus (que é Deus, mas não é o pai ao mesmo tempo que são um só).

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  6. A Graça e a Paz do senhor Jesus Cristo.

    Os marqueteiros da heresia: "Maria Mãe de Deus", fazendo referência ao Senhor Jesus Cristo, são portadores de uma teologia degenerativa progressiva.
    Porém há cura para esse tipo de enfermidade espiritual, renderem-se a verdade pura do Evangelho, pois é o poder de Deus para a salvação de todo o que crê. O Senhor Jesus é Deus, nunca teve origem, nem começo e nem fim, uma vez que é ETERNO. Ele é o "EU SOU, O QUE SOU" (ÊXODO 3:14).

    Inicialmente, Maria não tem origem divina, portanto não é eterna, também.
    Outra, diferentemente do Senhor Jesus, ela ao experimentar a morte, teria que ter ressuscitado, fato sem o menor fragmento de evidência nas Escrituras. O corpo de Maria ainda dorme na sepultura esperando a ressurreição dos mortos.

    Nenhum escritor bíblico faz qualquer referência a Maria, mãe do Senhor Jesus Cristo, (homem), como a "Mãe de Deus".

    Ora, se é assim, Por que, então, Jesus censurou, prontamente, uma certa mulher, que se encontrava na multidão, ao declarar: "Bem aventurada aquela que te concebeu e os seios que te amamentara"!(Lucas 11:27)?

    A replica do Senhor Jesus quebra toda e qualquer expectativa meritória, de adoração, ou de veneração,ou coisa do tipo a pessoa de Maria.

    "Ele, porém, responde: Antes bem aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam!" (Lucas 11:28).

    Se em qualquer momento houve uma oportunidade para o Senhor Jesus ter ensinado que Maria merecia alguma honra especial, certamente seria aqui. Mas Ele disse justamente o contrário.

    Maria foi uma excelente mulher e exemplo de serviço a Deus. Teve a honra de ser escolhida para ser a mãe de Jesus. Porém, não devemos avaliar quem quer que seja, acima do que se encontra escrito nas Sagradas Escrituras: "Ora, irmãos, estas coisas eu apliquei figuradamente a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito, de modo que nenhum de vós se ensoberbeça a favor de um contra o outro." (1 Coríntios 4:6).

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  7. Jesus veio aqui como o VERBO eterno encarnado, que Se fez carne, e não foi feito carne e, como o VERBO possui três pessoas - 1ª, 2ª e 3ª - Ele é Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Sendo, portanto Deus AMOR e o amor não é divisível - há um só Deus e Pai. Não há e nunca houve espaço na Trindade para uma 4ª pessoa. Portanto, Maria nunca fez parte do Conselho Supremo da Trindade.Jesus, sim, é um com o Pai e com o Espírito Santo. Maria, esposa de José, com quem teve (quatro) filhos e filhas - um lar santo ou um leito sem mácula como de o todo filho de Deus, e foi salva pelo sangue da cruz do Senhor Jesus Cristo, que entrou na parada salvífica e Se fez o Cristo de Deus pelos seus irmãos. Se a Igreja não fosse católica com certeza ela entenderia isso mlhor.

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  8. Venhamos sua citação, em seguida me tire uma dúvida.

    "Mãe de Deus não porque o Verbo de Deus tirou dela a sua natureza divina, mas porque é dela que Ele tem o corpo sagrado dotado de uma alma racional, unido ao qual, na sua pessoa, se diz que o Verbo nasceu segundo a carne".

    Bem, de acordo com essa afirmação, especialmente quando diz: "...é dela que Ele tem o corpo sagrado dotado de uma alma racional", aponta uma ideia trinitariana: corpo, alma e espírito. No caso seria- o Verbo, o corpo e a alma. Se isso é correto, me diga, pra onde foi a alma de Jesus quando Ele morreu? Aa 3 substâncias separam-se na morte, o corpo sabemos, vai à tumba, e a alma e o espírito, vão pra onde? Estao unidos ou separados?

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  9. Impossível ser mãe de Deus. O que nela foi gerado, foi o Filho de Deus. E não o Deus filho. Toda manifestação divina que se revelava em Jesus, não era do Deus filho, sim do Pai que estava no filho. Colossenses 2.9, Atos 10.38.
    "Assim como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o poder e virtude do Espírito Santo, para fazer o bem, curar os enfermos e desfazer as obras do diabo".
    Um Deus não pode ser ungido por outro
    Deus.

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